O Peixe do Terreiro do Paço do nosso contentamento.
O Sushi to Sashimi do Umai…
…interpretado por Paulo Morais , aqui com cara de poucos amigos 🙂
A passagem do auditório para uma tenda em pleno Terreiro do Paço, aumentando assim significativamente a zona de restauração, foi uma das novidades deste ano. Mais concorridos (pareceu-me) que o ano anterior , os almoços de semana, com uma degustação extra com o bilhete de entrada, tiveram a preferência de muitos lisboetas que não desperdiçaram a oportunidade de conhecer os pratos que alguns dos melhores restaurantes da cidade tinham para oferecer.
A Empada de Caldeirada do José Avillez.
O Bacalhau à Brás com Azeitonas Explosiva, um já clássico de José Avillez .
A presença habitual da José Maria da Fonseca , a matar a sede aos peixeiros desde que me lembro 🙂
O Avenue de Marlene Vieira – uma estrela em ascensão no mediático mundo dos Chefs – trouxe para a sua primeira aparição no evento um alinhamento de bom nível, com muitos e bons pratos…
…Como o Polvo à Lagareiro (em novas texturas)…
…E o Hamburguer de Choco e Salmão em Pão de Tinta de Choco.
Outro clássico do Peixe, o Prego de Atum da Tasca da Esquina de Vítor Sobral.
Deliciosa e crocante entrada. Os Peixinhos da Horta e do Mar com Maionese de Coentrada, mais um prato do Avenue.
A azáfama na cozinha de José Avillez.
Ainda do Avenue, a Francesinha com Bife de Atum e Sapateira.
O Eclair de Sapateira com Gel de Mariscos e Ervas do Chef Alexandre Silva. Agora à frente dos fogões do Bica do Sapato, num regresso à capital para que, espera-se, retome o trabalho que foi interrompido com o fecho do Bocca .
Vieiras Marinadas com Abacate de José Avillez. Um dos meus pratos favoritos de todos os que provei nesta edição do Peixe em Lisboa.
O Pica-Pau de Atum do Vítor Claro, outro dos favoritos.
Choco Frito com Maionese de Wasabi do Bica do Sapato.
Também o Assinatura tem Chef novo. Depois da saída de Henrique Mouro, João Sá não aqueceu o lugar e, é agora Vítor Areias que tem a responsabilidade de trazer de novo o Assinatura para a ribalta. Para o Peixe, entre outros, trouxeram estas Cornucópias com Tártaro de Salmão e Maçã.
Para terminar o longo rol de pratos provados nesta edição do Peixe em Lisboa, o Arroz de Lingueirão do Ribamar, que estava óptimo mas tinha falta de sal, salvou-se com o travo picante.
O lado doce. O Pudim Abade de Priscos, versão Tasca da Esquina, com Sopa Fria de Abacaxi e Crumble…
…Seguindo pela incontornável Avelâ ao Cubo de José Avillez…
…E terminando com a originalidade dos Figos Turcos com Nutella e Erva Doce do Claro!
Depois de tanta degustação há que passear pelo mercado gourmet. Um espaço que todos os anos reúne um conjunto notável de produtores que aproveitam esta ocasião para apresentar algumas novidades dos seus portefólios. Claramente uns furos abaixo esteve a representação vínica em comparação com o ano anterior, estarão os produtores de vinho a voltar as costas a este evento? É pena.
Lê-se Zipop , como os próprios fazem questão de lembrar e são uma marca de pipocas fabricadas artesanalmente em Portugal. Até aqui nada de mais, se não estivéssemos a falar de deliciosas pipocas combinadas com ingredientes naturais, como a flor de sal, o caramelo, ou a pimenta rosa. Uma absoluta delícia. Na foto, Bruno Almeida, o mentor da coisa, a pousar orgulhoso junto das suas meninas.
Os Doces da Paulinha trouxeram compotas e escabeches ao mercado gourmet. Doces há muitos, digo eu, mas aqueles escabeches, my God, que gabarito. A Paulinha não estava, mas a mãe, Maria da Conceição, simpática e divertida contadora de histórias, pousou para a foto com o muito susceptível a trocadilhos, Coelho Vilão.
Uma presença assídua do mercado gourmet é a flor de sal de Castro Marim da Salmarim …
…Aqui na companhia dos chocolates Siopa . Parceria vencedora.
A Ginjinha Sem Rival e o Licor Eduardino , desde o século XIX nas Portas de Santo Antão. Um símbolo que a cidade não se pode dar ao luxo de perder, nunca.
Os Cuscos…
…E as Cascas de Trás os Montes da Origem Transmontana , que faz chegar os saberes e os sabores da região a todo o país. Muito interessante a acção que desenvolveram na reabilitação da escola da aldeia de Paradinha Nova, com a criação de uma cozinha regional para confecção do próprio fumeiro.
Para terminar a ronda, a habitual visita ao expositor da Terrius, este ano abrilhantado pelo livro da colega blogger Isabel ‘Laranjinha’ Rafael , que fez uma apresentação de cozinha ao vivo na sexta feira, dia 11, que infelizmente não pude assistir.
Todos os anos a Terrius nos brinda com surpresas deliciosas. Este ano foram os pimentos piquillo assados, quase tão viciantes como os Territus, os snacks crocantes de cogumelos que tinha descoberto na última edição. Na foto, Rita Beltrão, com os frascos de farinha de boletus e de castanha.
Mas o Peixe em Lisboa é muito mais que restaurantes e o mercado gourmet. Apesar do mote ser dado pelo peixe, este é hoje o maior evento à volta da gastronomia do nosso país e que todos, principalmente os aficcionados do tema, devem acarinhar e divulgar. Sessões de Showcooking, onde temos a oportunidade sem sair do país de conviver com alguns dos maiores génios criativos da alta cozinha mundial, Debates e Palestras, Concurso do Melhor Pastel de Nata, este ano ganho pela pastelaria Alcôa, Sangue na Guelra, o evento paralelo que veio para ficar, onde algumas das maiores promessas mundiais vêm mostrar o que valem, a isto acrescente-se os jantares temáticos, cursos de cozinha e iniciativas várias que durante os dez dias do evento preenchem o programa.
Na impossibilidade de estar em todo o lado e também porque este post já é um forte candidato ao mais longo de sempre deixo três ligações, esta , esta e esta , todas excelentes, de outros olhares sobre o evento. Para o ano há mais.