Pode-vos parecer estranho entre tantas atracções turísticas no Alentejo estar a falar desta forma de Elvas mas ainda bem que não é muito falada, é assim que eu gosto dela, longe das modas e da confusão, são estes segredos que eu gosto de guardar, como ainda há alguns no Alentejo. São pequenas e simples coisas que esta cidade tem que me dão enorme prazer, seja contemplar o majestoso Aqueduto da Amoreira ao por do sol (de preferência a partir do Forte da Graça), ou uma conversa de amigos numa esplanada da Praça da Republica, passando pelos petiscos da Taberna do Adro, tudo isto são coisas tão simples, sem preço, que me fazem voltar e voltar e voltar.
O amanhecer é feito com o excelente pequeno almoço da Pousada (serviço 5 estrelas), seguido por um passeio pelo centro histórico. Por aqui o comércio local ainda é Rei e as lojas antigas são misturadas com as mais modernas, criando uma curiosa e muito pequena zona comercial que é invadida aos sábados por nuestros hermanos que descobriram deste lado da fronteira o local ideal para passear/fazer compras/almoçar/jantar, tudo isto por muito poucos euros para as suas bolsas. Passando pela Praça da Republica onde voltaremos mais tarde, a subida ao Castelo é o trajecto lógico deste passeio. Chegados a este podemos desfrutar de belas vistas por toda a planície onde se avista sem grande esforço a vizinha Badajoz.
Badajoz é a próxima paragem. É uma cidade que não tem nada de mais, um castelo em mau estado e alguns (poucos) edifícios da parte histórica que merecem atenção, no entanto é da praxe vir a Badajoz, visitar o El Corte Inglês, parar numa esplanada e tapear qualquer coisa.
De regresso a Elvas, continuamos o nosso passeio pela parte histórica onde paramos na Praça da Republica agora cheia. Turistas, espanhóis na maioria, visitantes e alguns locais preenchem as esplanadas da Praça. O final da tarde está guardado para uma visita ao Forte da Graça e aproveitar o por do Sol para contemplar e fotografar o imponente Aqueduto da Amoreira.
De partida, dizemos adeus á Pousada que tão bem nos acolheu, não sem antes espreitar a piscina e o jardim envolvente onde fica a vontade de regressar em temporada quente. Pelo caminho de regresso passamos pela Jorumenha onde é obrigatória uma visita á Fortaleza (como é possível deixarmos um património destes definhar!?) empoleirada sobre o Guadiana que por aquelas bandas define a linha de fronteira. Petiscamos ainda no Redondo, na Tasca do Xana, onde provamos o tinto Roquevale que nos chega da bonita Herdade de Monte Branco que fica um pouco abaixo do Restaurante, curioso o facto de ser uma Sra. a enóloga responsável pela produção da Quinta.
Pronto, e o fim de semana chega ao fim, espero que tenham gostado e que tenham ficado com vontade de ir a Elvas. Ainda não sei qual vai ser a próxima fonte de inspiração para um post do género, mas será sempre um local por onde passei e onde gostaria de voltar, os que não gostei não vou perder tempo a escrever sobre eles. Kisses!!
Excelente descrição de um local maravilhoso, que é a minha terra 🙂
Voltem sempre seram bem vindos.
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