Faltam os adjectivos para estes tintos do António Madeira. São vinhos que gosto imenso. Plenos de leveza, elegância, frescura, de traço mineral, cheios de presença e profundidade. Estas colheitas com algum tempo de garrafa começam agora a mostrar-se em todo o esplendor. Este 2014 ainda não chega à excelência do 2012, mas vai no bom caminho. Uma delícia.
Esta aventura começou em 2011 com o primeiro tinto de vinhas velhas, proveniente de uma vinha recuperada no sopé da Serra da Estrela. Desde aí, António Madeira, com raízes naquela zona do Dão, tem criado vinhos à imagem dos que conhecia dos seus antepassados, com pouca intervenção e extracção e usando exclusivamente leveduras indígenas. Um produtor para não perder de vista no Dão.