Chegada esta altura do ano é impossível fugir ao bombardeamento de listas a que somos sujeitos, disparadas de todos os lados, sobre tudo e mais alguma coisa. Algumas, que por nos revermos nas suas escolhas, nos merecem mais credibilidade e outras que acabamos a olhar de soslaio por abarcarem gostos tão antagónicos. Mas é precisamente nessa democratização e pluralidade de gostos que reside o fascínio (para mim) das listas.
Eu sempre fui de listas. É por isso com naturalidade que o Alta Fidelidade do Nick Hornby seja um dos livros da minha vida.
Lembro-me, ainda puto xarila, de fazer em conjunto com os amigos da minha rua, a lista dos melhores grupos e musicas do ano. O prazer que aquilo nos dava. Desde aí tem sido exercício prazeroso e habitual, chegada esta altura do ano, sentar-me tranquilamente – se for na companhia de um copo de vinho, melhor – a passar o meu ano em revista e a magicar as inevitáveis listas.
Mas não deixa de haver um lado ingrato nestas equações, que cria sempre alguma luta interior, pois há sempre aquelas escolhas que ficam à porta da lista e que mais tarde fico a achar que deveriam ter entrado. Enfim, angustias de um Rob Flemming amador.
Este ano, aventurei-me a criar duas listas, relacionadas com a temática do blog. A primeira sobre gastronomia (que será publicada, se tudo correr bem, dia 30), onde para além de conter Os meus 10 Pratos de 2012, algo que já tinha feito em 2010, terá também outras escolhas relacionadas com o tema. E a segunda sobre vinho (dia 31), onde também serão escolhidos Os Meus 10 Vinhos de 2012, todos estes nacionais, mas onde também haverá espaço para os vinhos estrangeiros e outros capítulos dentro do mesmo tema.
São escolhas obviamente pessoais e (muito) subjectivas, que não pretendem mostrar os melhores nas suas categorias, mas sim aqueles que mais me emocionaram durante o corrente ano. Momentos memoráveis, que estarão sempre numa primeira linha de sugestões. Espero que gostem e que fiquem com curiosidade de experimentar aquelas que não conhecem.
