Depois do forçado interregno em 2020 e de duas datas adiadas já este ano, a região dos Vinhos do Tejo fez subir ao palco do seu evento anual de reconhecimento os melhores do vinho, da gastronomia e do território. A ‘Gala Vinhos do Tejo 2021’ aconteceu este Sábado, dia 16 de Outubro, no Hotel dos Templários, em Tomar. Foram muitos os galardoados pela Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo) e pela Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo, tendo-se acrescentado ao ‘Concurso Vinhos do Tejo’ e aos ‘Prémios Vinhos do Tejo’ mais três iniciativas: o ‘Tejo Academia’, o ‘Tejo Anima’ e o ‘Concurso de Fotografia Vinhos do Tejo’.
Casa Cadaval e Quinta do Casal Monteiro destacam-se no ‘Concurso Vinhos do Tejo 2021’
O ‘Concurso Vinhos do Tejo’ tem vindo, ano após ano, a granjear reconhecimento e notoriedade, o que é visível pelo crescente número de amostras enviadas para a prova – nesta edição atingiram quase as duas centenas, com 195 referências –, mas também pelo painel de jurados, cada vez mais eclético e exigente. Os grandes vencedores, com ‘Prémio Excelência’, foram o ‘Casa Cadaval Riesling branco 2016’ (Casa Cadaval) e o ‘Quinta do Casal Monteiro Grande Reserva tinto 2018’ (Quinta do Casal Monteiro), este último da autoria de Luís Santos, eleito Enólogo do Ano. Conseguiram o galardão de ‘Ouro’ 43 vinhos, entre os quais 11 brancos e 32 tintos. Já os diplomas de ‘Prata’ foram entregues a dez brancos e oito vinhos tintos. Como é habitual, elegeram-se os melhores brancos e rosés da colheita anterior: o ‘Lagoalva Sauvignon Blanc 2020’ destacou-se nos brancos e o ‘Vale de Lobos 2020’ nos rosés.
‘Prémios Vinhos do Tejo’ entregues em seis categorias, mas uma em dose dupla
Passando dos vinhos a quem os faz, de empresas a pessoas, há ‘Prémios Vinhos do Tejo’ em seis categorias, sendo que uma delas é uma estreia: ‘Prémio Sustentabilidade’, que foi entregue à Falua. Ainda no campo dos produtores, destaque para a Adega de Almeirim, que arrecadou o título de ‘Empresa Dinamismo’, e para o Casal Coelheira, eleito ‘Empresa Excelência’. Das empresas às pessoas, Luís Santos é responsável pelo departamento de enologia e viticultura da Quinta do Casal Monteiro e foi eleito o ‘Enólogo do Ano’. O ‘Prémio Carreira’ é entregue não a uma, mas a duas personalidades que têm vindo a defender a região e os seus vinhos de forma acérrima: falamos de Maria José Viana, responsável de comunicação do grupo Enoport Wines e membro da Direcção e do Conselho Geral da CVR Tejo durante vários anos; e José Vidal, proprietário da casa agrícola Casal das Freiras, em Tomar, e membro fundador da Comissão Vitivinícola Regional do Ribatejo (então assim denominada), da Rota dos Vinhos do Tejo e da Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo, entidade à qual pertence como membro dos órgãos sociais.
Prémio Sustentabilidade: Falua
Com uma preocupação constante em reduzir o impacto ambiental e preservar os recursos naturais das suas explorações agrícolas, a Falua assume uma estreita relação de respeito pela natureza. A sustentabilidade tem sido um compromisso que começa nas vinhas, com a produção de uva a sofrer uma intervenção mínima no uso de tratamentos para o controlo de pragas e doenças, e continua na adega sendo que foi o primeiro produtor a instalar painéis fotovoltaicos, de forma a minimizar o gasto de energia.
Empresa Dinamismo: Adega Cooperativa de Almeirim
Mesmo no coração da região dos Vinhos do Tejo, encontramos um dos maiores produtores nacionais. Com uma aposta contínua na tecnologia, na formação da sua equipa e no acompanhamento técnico dado aos seus associados, a Adega Cooperativa de Almeirim é a prova de que a quantidade e a qualidade podem estar lado a lado. O aumento do volume de certificação dos seus vinhos tem sido uma constante e também isso contribui para o sucesso das suas vendas. Facilmente se encontram vinhos desta Adega, quer em cartas de vinho, quer nas prateleiras das pequenas e grandes superfícies deste país.
Empresa Excelência: Casal da Coelheira
A consistência na qualidade está presente em toda a gama de vinhos do Casal da Coelheira, tendo-lhe sido reconhecido o mérito dentro e fora de portas. Um projecto que resulta de uma paixão familiar, que conta já com 5 gerações e que tem conseguido uma aliança perfeita entre a tradição e a modernidade. Toda a sua gama de vinhos passou recentemente a estar classificada como vegan.
Enólogo do Ano: Luís Santos
Por tradição familiar, desde cedo despertou para o mundo do vinho. Não nasceu no Ribatejo, mas na Mealhada e foi também na Bairrada que teve o primeiro contacto com o mercado de trabalho, numa vindima para o grupo Sogrape. Passou pelo Dão, mas é, aqui, na região dos Vinhos do Tejo, em particular na Quinta do Casal Monteiro, em Almeirim, que temos assistido ao seu fantástico trabalho.
Prémio Carreira: Maria José Viana
O rigor e dedicação de Maria José Viana são factores-chave de sucesso para o reconhecimento das empresas e marcas que estão associadas ao seu trabalho. De vento em popa, quer no mar, quer nas várias regiões vitivinícolas do país, é pela sua presença no Tejo que o seu percurso profissional – que incluiu cargos em várias associações do sector, entre as quais a CVR Tejo – é agora distinguido. Se fosse a própria a escolher, o troféu talvez fosse em forma de galinha, animal da sua preferência, mas isso não nos é possível, o que lamentamos.
Prémio Carreira: José Vidal
A quinta onde estão as suas vinhas constitui um legado e um saber-fazer preservado na mesma família há 5 gerações. Quem ouve a sua história, contada na primeira pessoa, facilmente se apercebe da paixão e cuidado que dedica da vinha ao copo. Em 1973, com 24 anos, decidiu trocar Ovar por Tomar, mas para si o melhor ano agrícola foi 2015, ano que marca o Capítulo e a passagem de testemunho para as mãos da sua filha Rita. Fundador da Comissão Vitivinícola Regional do Ribatejo (agora Tejo), da Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo e da Rota dos Vinhos do Tejo, foi em terra dos (seus) Templários que foi premiada a carreira a José Vidal, por toda a sua paixão, empenho e dedicação não só ao Casal das Freiras, mas aos Vinhos do Tejo no geral.
‘Tejo Academia’ e ‘Tejo Anima’ e ‘Concurso de Fotografia Vinhos do Tejo’ debutam na Gala
Em vez dos habituais vencedores do ‘Tejo Gourmet’, cuja realização passou a ser bienal, na ‘Gala Vinhos do Tejo 2021’ foram atribuídos os prémios ‘Tejo Academia’, iniciativa que tem como objectivo formar e avaliar restaurantes da região, na comida e na relação com o vinho, destacando aqueles que têm melhor mis en place, espaço, empratamento, atendimento, harmonização vínica, serviço de vinhos, carta de vinhos e melhores provas teórica e prática, a que estão submetidos durante a formação. O grande vencedor da noite, com o título de ‘Melhor Restaurante’ e prémio em cinco categorias – ‘Melhor Mis em Place’, ‘Melhor Espaço’, ‘Melhor Serviço de Vinhos’, ‘Melhor Carta de Vinhos’ e ‘Melhor Prova Prática’ – foi o restaurante Oh!Vargas. Situado na Portela das Padeiras, em Santarém, é o menino dos olhos de Manuel Vargas e um reduto aos seus pais, antecessores neste negócio. O diploma de ‘Melhor Empratamento’ foi para o De’Gustar, em Torres Novas; o Aveiramariscos, em Aveiras de Cima, recebeu o título de ‘Melhor Atendimento’; a ‘Melhor Harmonização’ coube à Casa Chef Victor Felisberto, em Alferrarede, Abrantes; e o Manjar dos Templários, na Madalena, em Tomar, foi o que restaurante que melhor se saiu na ‘Prova Teórica’ promovida pelos mentores desta iniciativa.
Nova é também a iniciativa ‘Tejo Anima’, que pretende premiar o território e as suas valências de lazer, sendo, por isso, promovida pela Rota dos Vinhos do Tejo. Há seis categorias e um eleito em cada uma: a Villa Nova Nautic & Nature Hostel, em Vila Nova, na Serra de Tomar, no que toca ao ‘Alojamento’; a Ollem Turismo, em Valada do Ribatejo, no Cartaxo, como empresa de ‘Animação Turística’; a Quinta da Lapa, em Manique do Intendente, na Azambuja, no ‘Enoturismo’; o EVOA – Espaço de Visitação e Observação de Aves (Companhia das Lezírias), em Vila Franca de Xira, na categoria ‘Natureza’; o Convento de Cristo, em Tomar, no ‘Património e Oferta Cultural’; e o ‘Festival Nacional de Gastronomia’, em representação das ‘Tradições’ da região e a somar já 40 anos de vida.
Fonte: Comunicado de Imprensa