Uma novidade da Kranemann.
Depois do lançamento do Quinta do Convento Tinto 2016, que já estava alinhado e foi só terminar, este 2018 nasce da primeira vindima da era Christoph Kranemann na Quinta do Convento. Depois do Reserva Branco que foi lançado o ano passado, chega agora o Quinta do Convento Tinto 2018.
Nos dias que correm parece consensual a ideia que é importante produzir vinhos frescos, elegantes, sem demasiada barrica, indo ao encontro das tendências actuais do mercado. Tenho notado que há uma preocupação quase transversal por parte dos produtores em atingir este desígnio. No caso da Quinta do Convento e apesar de estarmos ainda a falar de primeiras edições, portanto o início do caminho para definir o estilo da casa, também tem sido notório esse cuidado em trazer frescura e elegância a uma região conhecida pelos seus vinhos estruturados e por vezes muito concentrados.
O vinho de que hoje falo é um lote em partes iguais de Touriga Nacional, Tinta Roriz e Touriga Franca e, depois de fermentado em inox, teve 9 meses de estágio em barrica. É um Douro que sem deixar de ser fiel à região, consegue um estilo fresco e de média concentração. Mostra um bom compromisso entre o lado frutado, uma perfeita integração da barrica e um estilo com corpo e presença sem ser pesado. Vive muito da frescura de uma acidez viva e bem presente, que lhe confere muita frescura e uma boa perspectiva de longevidade.
Este vinho foi enviado para prova pelo produtor, mas o preço de venda ronda os 12€ e pode ser encontrado em garrafeiras especializadas. Se procuram um Douro de estilo menos concentrado para guardar durante uma década têm aqui uma boa sugestão. Será curioso abri-lo daqui a dez anos para ver como se portou a primeira colheita da nova era da Quinta do Convento. A enologia esteve a cargo dos enólogos Diogo Lopes e Maria Susete Melo.