Adegga Wine Market 2011

Manuel Moreira aos comandos da Sala Premium.

A prova especial na Sala Premium.

Speed Tasting. Mais uma inovação do Wine Market. Um espaço disponibilizado durante um período limitado de tempo, onde cada produtor convidado pôde mostrar os seus vinhos. Aqui a Herdade do Cebolal.

Virgo, o mais recente vinho da Casa Torre do Frade, é o primeiro vinho português com um rótulo personalizável, onde se pode imortalizar o momento do consumo através de um rótulo destacável.

A lista dos favoritos.

André Cid e Emídio Santos. 2/3 do projecto Adegga.
A minha relação com o projecto Adegga começou curiosamente através do Adegga Wine Market. No final de 2009, através do twitter do André Ribeirinho, um dos mentores do projecto, tive conhecimento de uma prova de vinhos que ia ocorrer no Teatro Aberto e despertou-me a atenção o conceito singular da mesma. No dia marcado lá estive, lembro-me acima de tudo do ar despreocupado e muito intimista do evento, uma coisa muito indie mesmo. Gostei da postura dos produtores, do lado de cá dos stands, algo que nunca tinha visto, misturados com os visitantes, a falarem abertamente e tranquilamente sobre os seus vinhos. Tudo sem empurrões nem pressas. Saí de lá muito satisfeito com o que tinha assistido e vivido.
É evidente que depois daquele momento, fiquei cheio de vontade de conhecer mais sobre o projecto. Foi assim que cheguei ao site e à sua comunidade online, e mais tarde ao “revolucionário” código AVIN.
O passo seguinte foi descobrir e explorar as enormes e úteis capacidades da plataforma Adegga. De muito fácil utilização, até para um tecno leigo como eu, o site permite-nos de forma pratica, entre muitas outras funcionalidades, registar os vinhos que temos em cave, publicar as nossas próprias notas de prova (no fundo, soltar o Robert Parker que há em nós) e comparar os nossos, com os gostos dos outros utilizadores. E não deixa de ser curioso a diferença de opinião para cada vinho, entre cada utilizador. Fiquei rendido. Hoje é uma ferramenta que não dispenso, para organizar a minha garrafeira e poder transportá-la virtualmente comigo.
Voltando ao Wine Market.
O evento foi um sucesso e foi portanto com naturalidade que a segunda edição ocorreu já com um numero maior de produtores e de participantes, mas fazendo questão de não abandonar a inovação como imagem de marca. Assim surgiu a folha de prova, onde cada visitante colava um pequeno autocolante disponibilizado pelo produtor no momento da prova (cada autocolante correspondia a um vinho), para não se esquecer o que tinha provado, os seus favoritos e os que queria comprar. Algo muito útil, prático, que também nunca tinha visto numa prova de vinhos.
Por tudo isto, foi com enorme expectativa que chegou esta terceira edição do evento. De novo no Teatro Aberto, desta vez com uma ainda maior e respeitável lista de vinhos e produtores, onde a atenção se centrou na novidade deste ano, a Sala Premium (o que irão inventar para o ano?).
Por 20€ era possível provar um conjunto de vinhos absolutamente grandioso. Servidos e comentados pelo sommelier Manuel Moreira, desfilaram alguns dos vinhos mais míticos que já se produziram em Portugal, como o Robustus 1990, só para dar um exemplo. Só foi pena o tempo da prova (períodos de 45 minutos para cada grupo de provadores) se ter manifestado insuficiente para tão nobre conjunto de néctares.
Mais uma vez o AWM proporcionou uma tarde memorável de convívio à volta da cultura do vinho, com muita gente ligada ao sector a marcar presença, mas também com muita gente nova a confirmar a crescente adesão a este evento por parte de um público cada vez mais jovem, mas conhecedor, talvez reflexo da imagem moderna e cool que o evento apresenta. 
O respeito pelo vinho deste projecto é personificado no copo que oferecem para a prova (com os 7,5€ da entrada).
Desconheço os números oficiais da organização mas certamente que foi o AWM mais concorrido de todos, elevando o evento a uma nova dimensão, em qualidade, em público e em notoriedade. Um dia já soube a pouco para tanta oferta e para o numero de visitantes.
Afirma-se assim definitivamente como uma referência no calendário vínico nacional, deixando para trás outros eventos do género como por exemplo o mais elitista Porto e Douro Wine Show que ocorreu uns dias antes no Convento do Beato e que foi totalmente abafado pelo buzz do AWM.
Estão por isso mais uma vez de parabéns estes empreendedores que por teimosia fizeram questão de vingar com um projecto nacional, inovador e que nos devia honrar  a todos, enquanto portugueses.
Em tempos difíceis, que nos tratam como lixo, não deixa de ser um bálsamo para a nossa auto estima.
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