2 regiões, 2 enólogos, 1 casta, assim se define o 221 que Diogo Lopes e Anselmo Mendes fazem na Adega Mãe. Depois do 2015, esta é a segunda edição deste vinho especial que é uma homenagem destes dois enólogos à casta Alvarinho. Nunca provei o 2015 por isso esta é a minha primeira abordagem a este vinho.
O AdegaMãe 221 é um lote de 50% de Alvarinho da região de Lisboa (AdegaMãe, em Torres Vedras) e 50% da região dos Vinhos Verdes (Anselmo Mendes, em Monção). Fermentou em barrica, fez batonnâge durante 9 meses e ambos os vinhos foram depois integrados na Adega Mãe, iniciando um estágio de três anos em garrafa antes de chegar ao mercado.
Carregado na cor, mostra-se num perfil austero e pela contenção, sem grandes exuberâncias aromáticas. Citrinos verdes, alguma fruta branca, um ligeiro toque de mel e suaves notas minerais. A barrica está quase imperceptível. A boca surge com boa dimensão, com sabores de fruta mais madura, mas no mesmo estilo fino e elegante do nariz. Travo salino, de mel, algumas sugestões vegetais, tudo envolvido por uma acidez perfeita que proporciona um final vibrante e de boa persistência. Nesta fase a austeridade de Monção está mais dominante que a exuberância de Lisboa, apesar de ser um 2017 ainda se mostra muito jovem. Característico dos bons Alvarinhos, tem a perspectiva de uma boa evolução em garrafa, que lhe trará mais complexidade e profundidade.
Tem um pvp de 25€ e pode ser encontrado em garrafeiras especializadas ou em venda directa na loja do produtor. Foram cheias 2500 garrafas. Esta garrafada foi enviada para prova pelo produtor.