Bem sei que é hora de puxar pela nossa costela patriótica e beber português, mas uma excepção destas tem sempre desculpa.
Vinhas com cerca de 50 anos situadas na sub região de Amandi, na Ribeira Sacra.
Mencia maioritária, temperada com uns salpicos de várias outras castas autóctones (Sousão, Caino, etc…).
Fermentação com leveduras indígenas em grandes barricas abertas e estágio à volta de um ano, parte em foudre e outra parte em barricas usadas. Engarrafado sem clarificação nem filtração.
É aberto na cor, frutado, limpo, fresco, cheio de carácter. A boca mostra alguma juventude, tudo muito vibrante, mas ao mesmo tempo incrivelmente leve, com taninos e acidez em sintonia, a mostrar-nos presença, profundidade e um final de boca de bela persistência. Tenho para mim que vai crescer em garrafa, mas mesmo agora, para 15€, este Guímaro Camino Real 2018 já é um manual de como fazer um grande Jaen de vinhas adultas. Uma delícia.
Guímaro é um projecto liderado por Pedro Rodriguez Perez, considerado hoje em dia como um dos produtores mais influentes da Ribeira Sacra.
