Depois das emoções da vitória no Dragão e enquanto espero pelo jogo da Champions em Villareal, regresso ao segundo dia das férias.
O dia começou com o tão falado eclipse, estávamos numa zona privilegiada para a sua observação mas, a ausência dos tais óculos manhosos, juntamente com a pouca vontade, fez com que não perdessemos muito tempo com esse assunto, preferimos um passeio matinal por Cinfães, uma vila simpática.
Seguio-se o arranque para o Douro, no fundo a razão maior da escolha destas férias. Tomámos a direcção do Peso da Régua, primeiro destino era Mesão Frio, uma vila com uma vista fabulosa sobre o Douro. Uma vez em Mesão Frio, subimos ao miradouro para apreciar e vista e almoçámos, a seguir partimos para a Régua.
Uma vez na Régua, demos um passeio pela “marginal” onde se podem ver os barcos de passeio pelo Douro, e visitar as caves do vinho do Porto, pela hora imprópria não nos foi possível experimentar o muito recomendado restaurante “Douro In”, ficará para a próxima. Próxima paragem, Vila do Pinhão.
Ao tomármos a estrada que nos levaria ao Pinhão, começámos desde logo a perceber o porquê desta região ter uma fama tão grande, uma estrada que segue paralela ao Rio, algumas vezes ao nível deste, juntamente com as encostas de vinhas, criam uma imagem irreal, do mais bonito que já tive oportunidade de ver, as quintas onde são feitos os excelentes vinhos da região sucedem-se. Pelo caminho cruzamo-nos com uma Barragem e alguns cruzeiros turisiticos que ajudam a dar cor á paisagem, até que chegamos ao Pinhão. Três imagens a reter, o imponente Vintage House Pinhão Hotel, as Quintas do Vinho do Porto a colorirem a paisagem quase sempre verde da vinha e os painéis de azulejos da Estação Ferroviária. Atravessámos a vila seguindo as placas do Miradouro, demora-se a chegar, mas…… Foi o ponto alto de todas as férias, ao chegármos ao alto, onde se encontrava o Miradouro, depois de passármos por algumas aldeias onde toda a gente se dedica ao vinho e á vinha, encontrámos uma paisagem absolutamente fantástica, saímos ambos do carro, sem dirigirmos uma palavra ao outro, aproximamo-nos daquela varanda natural e ficámos como se em transe a apreciar aquela vista, aquele silêncio, aquela cor, aquele cheiro, indiscritivel, percebo agora porque o Pinhão é Património Mundial da Humanidade.
Miguel Torga