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Este fim-de-semana vesti o fato de guia turístico para dar a conhecer a minha cidade a quatro amigos Londrinos. Dois deles já cá tinham estado, os outros foi uma estreia absoluta. Que actividade poderá dar mais prazer a um Alfacinha babado como eu?
Não se pense que foi tarefa fácil, já não estava habituado a tão grandes caminhadas, e muito menos às noitadas, mas nada que desmotive um bom anfitrião.
Tudo começou na sexta de manhã, com o embaraço de explicar a quatro estrangeiros que bandeira azul e branca era aquela no cimo do Parque Eduardo VII (uns monárquicos brincalhões trocaram a bandeira nacional pela da monarquia), e acabou no domingo à noite a saborear sável frito e torricado no Voltar ao Cais em Alhandra. Este restaurante já merece um post em nome próprio.
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Pelo meio houveram dois momentos muito especiais. O primeiro na esplanada das portas do sol, banhados pelo sol de lisboa, os
Guents dy Rincon traziam com a sua música, uma multiculturalidade digna das grandes cidades do mundo. Os turistas viam e deixavam-se levar pelo ritmo, deixando uns passinhos de dança como se de uma coreografia encenada se tratasse. Ao fundo, o brilho do Tejo testemunhava aquele momento incrível.
O segundo foi a exposição da Joana Vasconcelos no CCB. Chama-se “Sem Rede” e não deixa ninguem indiferente perante tamanhas criações. Lindíssimo o ambiente criado pelo
“Coração Independente” com a voz de Amália a embalar o momento. Vale mesmo a pena ver.
Os meus amigos, esses, bom, da ginjinha do Pirata aos 65.000 do Estádio da Luz ou do cacilheiro a cruzar o Tejo ao fado, levam muitas imagens e sabores para contar. E já nem falo da gastronomia.
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Fiquei impressionado com o enorme salto turístico que Lisboa deu, nunca vi tanta vida e alegria ns ruas do centro histórico (e não estamos em época alta). Já se nota o resultado do
hype criado em volta de Lisboa por algumas das mais importantes publicações mundiais. Situação que o recente prémio atribuído pela Associação dos Consumidores Europeus como o melhor destino europeu de 2010 só virá reforçar. Eu como Alfacinha, agradeço.