“O Arinto não é uma casta para ir à Madeira”.
Foi uma frase (polémica qb) que ouvi por parte de um enólogo recentemente e que me veio de imediato à cabeça quando abri esta garrafa de Marquês de Marialva Arinto Reserva 2014.
De facto – e refiro-me a este caso em concreto – o vinho é penalizado pela abundância das notas de madeira, tanto no nariz, como no paladar, que acabam por retirar a acutilância que esperamos encontrar na casta. A expressão está lá, nas notas vegetais e na fruta verde, mas depois falta-lhe a vibração ácida tão característica do Arinto. Claro que tudo isto é uma questão de gosto, haverá com certeza quem lhe elogie o perfil, mais cheio , mais macio, todo ele mais acessível. Pessoalmente prefiro o caminho da elegância, onde as notas de barrica não têm tanto palco. Gostos.
Marquês de Marialva Arinto Reserva 2014
Produzido pela Adega de Cantanhede
100% Arinto
Estágio em barrica.
13% de volume de álcool.
4,49€ na grande distribuição.
15,5 Pontos
