Château de Pibarnon 2007

Até 2012 os vinhos de Pibarnon eram ilustres desconhecidos para mim. Da Provence conhecia os afamados rosés e mesmo assim pouco. Foi nessa altura, através de uma viagem à região, com passagem pelas Côthes du Rhône, que descobri os vinhos deste produtor e fiquei a saber que na Provence também se produzem grandes tintos.

É curioso observar como a ligação emocional com determinado vinho (ou produtor) nos pode influenciar na sua apreciação. Há vinhos que quando me cruzo com eles me remetem de imediato para momentos, vivências, episódios, felizes ou não, de quando os bebi. Tenho comigo vários exemplos deste princípio, Pibarnon é sem dúvida dos maiores.

Até 2012 os vinhos de Pibarnon eram ilustres desconhecidos para mim. Da Provence conhecia os afamados rosés e mesmo assim pouco. Foi nessa altura, através de uma viagem à região, com passagem pelas Côtes du Rhône, que descobri os vinhos deste produtor e fiquei a saber que na Provence também se produzem grandes tintos.

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O anfiteatro de Pibarnon (imagem retirada do site do produtor).

A história conta-se em duas penadas. O anfitrião dessa viagem foi um amigo natural de Marselha que pertence a uma família de cozinheiros. O seu pai, actualmente professor na escola de hotelaria de Marselha, já foi chef e proprietário do seu próprio restaurante e um vinho que não podia faltar na carta era o Pibarnon. Ao saber que eu ia visitar a região e conhecendo a minha paixão pelos vinhos, um dos lugares que fez questão de me levar foi ao Chateau de Pibarnon.

E assim começou a minha relação com estes vinhos, que considero únicos. Na altura dessa visita tive a oportunidade de provar algumas colheitas e, dentro da limitação que é transportar vinho num avião comercial, trazer algumas garrafas comigo. Uma dessas garrafas era este Pibarnon de 2007 que hoje falo. E nem o aviso do próprio produtor que o esplendor de um Pibarnon só surge ao fim da primeira década me demoveu de o abrir recentemente num almoço entre amigos.

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90% Mourvedre, 10% Grenache. Fermentação em pequenos tanques de inox. Estágio durante 20 meses em grandes cascos de madeira usada. Fechado de aromas. Com o arejamento, fruta e especiarias, terra, couro. Elegante, taninos finos, fruta (sempre num registo austero), entra em pezinhos de lã e quando damos por nós estamos agarrados ao copo à espera de mais e mais. 2007 foi um dos melhores anos dos últimos tempos na região da Provence e pela prova que deu arrisco a dizer que temos vinho para muitos e muitos anos. Por isso já sabem, se por acaso se cruzarem com um Pibarnon – quanto mais velho melhor – não hesitem, é um vinho que vale a pena conhecer.

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