“Queria ser músico e até teve uma banda rock, mas a celebridade não lhe chegou por meio da guitarra. Felizmente, chegou pela cozinha.
Sergi Arola é o mais proeminente nome de uma segunda geração de chefs espanhóis a praticar a chamada cozinha de vanguarda. Seguindo os passos de Ferran Adrià – com quem trabalhou no melhor restaurante do mundo, o El Bulli – Arola foi várias vezes premiado e, no ano 2000, conseguiu um feito notável: duas estrelas Michelin com o seu restaurante La Broche, em Madrid.
Este ano, Arola surpreendeu tudo e todos ao decidir abandonar o La Broche para se lançar em dois novos projectos: um bistrô na capital espanhola, o Sérgio Arola Gastro, e o novíssimo restaurante Arola, inaugurado esta semana no Hotel Penha Longa, em Sintra.
É por isso natural que muitos olhos se voltem para este novo Arola. Informal e minimalista, o restaurante ocupa uma área enorme, com zona de bar, sala para 90 pessoas e terraço com vista sobre o campo de golfe do Penha Longa. Um pequeno paraíso, que à noite ganha contornos festivos: fica aberto até às 02.00 (a cozinha até às 00.00) e ao fim-de-semana tem DJ.
Mas voltemos à cozinha. Uma equipa de 22 pessoas (muitos, para a realidade portuguesa), será liderada pelo jovem chef português Júlio Pereira que, juntamente com Arola, será fiel à chamada cozinha atlântica. Na prática, isto significa que à mesa tanto chegam peixes comprados no Mercado da Ribeira como as famosas patatas bravas do chef, com uma apresentação bem diferente da que teriam num bar de tapas do país vizinho.
O preço médio de uma refeição (sem bebidas) não desce dos 50 euros, mas tudo depende do que pedir, já que o Arola quer ser um restaurante de petiscos, com muitas entradas para dividir e alguns “quase pratos” na ementa.
Exemplos? Duas pessoas pedem três entradas – sardinhas limadas com vinagreta de maracujá (10€), salada de caranguejo real e sapateira (14€) e as carismáticas patatas bravas (9 a 12€); depois comem um arroz de bacalhau e tripas (20€) e uma feijoada de caracóis (16€); por fim, dividem um chocolate em copo (11€). Só isto soma 40€ por cabeça. Se não vier um lombo de Angus (24€) desequilibrar a balança, claro. O que não falta a Arola é ambição. Quando lhe perguntamos quantas estrelas Michelin ambiciona para este restaurante, ele responde: “Três”. Assim, sem hesitações, deve ser o primeiro a fazê-lo em Portugal. “É para a qualidade máxima que trabalhamos”, completa, para que não restem dúvidas.
E de facto, desde a cozinha criativa ao ambiente fashion, passando pelo cenário natural do sítio, assim de repente não é fácil encontrar defeitos a esta nova entrada na lista dos restaurantes de luxo lisboetas. Só nos ficou a dúvida se não faria mais sentido um espaço mais urbano, como no centro de Lisboa. “Não. Já tenho um restaurante em Madrid, outro em Barcelona em frente ao mar. Quando vi este espaço, achei ideal para o terceiro”, diz.
Quanto ao conceito de cozinha de criativa ou de vanguarda, não se assuste: “não tem nada de esquisito. Tem um princípio-base que é o sentido do equilíbrio. Nós queremos adaptar os pratos da cozinha portuguesa à maneira de comer do Arola. As texturas são diferentes, mais do que o gosto”.
Restaurante Arola. Penha Longa Hotel, Estrada Lagoa Azul (Linhó – Sintra). 21 924 9011.”
Sergi Arola é o mais proeminente nome de uma segunda geração de chefs espanhóis a praticar a chamada cozinha de vanguarda. Seguindo os passos de Ferran Adrià – com quem trabalhou no melhor restaurante do mundo, o El Bulli – Arola foi várias vezes premiado e, no ano 2000, conseguiu um feito notável: duas estrelas Michelin com o seu restaurante La Broche, em Madrid.
Este ano, Arola surpreendeu tudo e todos ao decidir abandonar o La Broche para se lançar em dois novos projectos: um bistrô na capital espanhola, o Sérgio Arola Gastro, e o novíssimo restaurante Arola, inaugurado esta semana no Hotel Penha Longa, em Sintra.
É por isso natural que muitos olhos se voltem para este novo Arola. Informal e minimalista, o restaurante ocupa uma área enorme, com zona de bar, sala para 90 pessoas e terraço com vista sobre o campo de golfe do Penha Longa. Um pequeno paraíso, que à noite ganha contornos festivos: fica aberto até às 02.00 (a cozinha até às 00.00) e ao fim-de-semana tem DJ.
Mas voltemos à cozinha. Uma equipa de 22 pessoas (muitos, para a realidade portuguesa), será liderada pelo jovem chef português Júlio Pereira que, juntamente com Arola, será fiel à chamada cozinha atlântica. Na prática, isto significa que à mesa tanto chegam peixes comprados no Mercado da Ribeira como as famosas patatas bravas do chef, com uma apresentação bem diferente da que teriam num bar de tapas do país vizinho.
O preço médio de uma refeição (sem bebidas) não desce dos 50 euros, mas tudo depende do que pedir, já que o Arola quer ser um restaurante de petiscos, com muitas entradas para dividir e alguns “quase pratos” na ementa.
Exemplos? Duas pessoas pedem três entradas – sardinhas limadas com vinagreta de maracujá (10€), salada de caranguejo real e sapateira (14€) e as carismáticas patatas bravas (9 a 12€); depois comem um arroz de bacalhau e tripas (20€) e uma feijoada de caracóis (16€); por fim, dividem um chocolate em copo (11€). Só isto soma 40€ por cabeça. Se não vier um lombo de Angus (24€) desequilibrar a balança, claro. O que não falta a Arola é ambição. Quando lhe perguntamos quantas estrelas Michelin ambiciona para este restaurante, ele responde: “Três”. Assim, sem hesitações, deve ser o primeiro a fazê-lo em Portugal. “É para a qualidade máxima que trabalhamos”, completa, para que não restem dúvidas.
E de facto, desde a cozinha criativa ao ambiente fashion, passando pelo cenário natural do sítio, assim de repente não é fácil encontrar defeitos a esta nova entrada na lista dos restaurantes de luxo lisboetas. Só nos ficou a dúvida se não faria mais sentido um espaço mais urbano, como no centro de Lisboa. “Não. Já tenho um restaurante em Madrid, outro em Barcelona em frente ao mar. Quando vi este espaço, achei ideal para o terceiro”, diz.
Quanto ao conceito de cozinha de criativa ou de vanguarda, não se assuste: “não tem nada de esquisito. Tem um princípio-base que é o sentido do equilíbrio. Nós queremos adaptar os pratos da cozinha portuguesa à maneira de comer do Arola. As texturas são diferentes, mais do que o gosto”.
Restaurante Arola. Penha Longa Hotel, Estrada Lagoa Azul (Linhó – Sintra). 21 924 9011.”
Time Out Lisboa
“O lugar, o ambiente e a gastronomia raiam a perfeição” – Visão