Há quanto tempo não bebia disto, mal sabia o que andava a perder.
Sempre gostei do Redoma Branco mas este 2019 pareceu-me ainda mais afinado, com a barrica melhor trabalhada, menos intrusiva, nos aromas de fruta branca, citrinos e fundo mineral. A boca surge mais elegante, novamente nota-se uma barrica mais leve, com influência mas sem se impor, num perfil seco, com presença e alguma estrutura, mas muito fresco, preciso e um final de muito boa persistência. Excelente branco do Douro. Ainda demonstra alguma juventude pelo que irá com certeza melhorar com o tempo.
O Redoma 2019 nasce numa vinha velha que a Niepoort detém na margem direita do Douro, a uma altitude de 500 metros. Apesar das muitas castas misturadas as maioritárias são a Rabigato, o Viosinho, a Códega de Larinho e o Gouveio. A fermentação faz-se em barrica e depois estagia na mesma durante seis meses (ao contrário de estágios mais longos de colheitas mais antigas). Custou-me cerca de 14€ na Garrafeira Nacional e é um vinho que casa bem, por exemplo, com um peixe assado no forno.