Quinta de Lemos na Delidelux (Lisboa)

A Garrafeira / Loja Gourmet Delidelux foi o palco escolhido para a apresentação das colheitas de 2010 da Quinta de Lemos, o produtor de Silgueiros, na região do Dão, que para além dos vinhos, se tem destacado também pelo restaurante Mesa de Lemos, integrado no bonito edifício de linhas contemporâneas que se funde com a paisagem beirã.

A Garrafeira / Loja Gourmet Delidelux foi o palco escolhido para a apresentação das colheitas de 2010 da Quinta de Lemos, o produtor de Silgueiros, na região do Dão, que para além dos vinhos, se tem destacado também pelo restaurante Mesa de Lemos, integrado no bonito edifício de linhas contemporâneas que se funde com a paisagem beirã.

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Celso de Lemos, natural da região, afirmou-se na área dos têxteis com a empresa Abyss & Habidecor, uma das mais prestigiadas marcas mundiais de artigos têxteis de luxo para casa de banho. Em homenagem ao seu pai, entra no negócio do vinho em meados dos anos 90, ao adquirir a Quinta de Lemos, com o objectivo de concretizar o sonho de produzir vinhos de excelência, ao nível dos seus mais luxuosos têxteis.

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Os 30 hectares de vinha estão localizados em Passos de Silgueiros, próximo de Viseu, a uma altitude de 300 metros e são compostos pelas tradicionais castas da região. O característico solo granítico e a protecção natural de quatro grandes serras (aludidas no logótipo da marca), Estrela, Caramulo, Nave e Buçaco, originam as condições ideias para a produção de vinhos de elevada qualidade. Em busca dessa excelência, através de duas mondas, a Quinta de Lemos só utiliza cerca de 25% das uvas que produz e os seus vinhos só chegam ao mercado cinco anos após a colheita. Procedimentos demonstrativos da filosofia deste produtor.

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Os vinhos (todos da colheita de 2010) e o projecto foram apresentados pelo enólogo Hugo Chaves com a ajuda de Eduardo Figueiral, do departamento comercial. A colheita de 2010 foi caracterizada por um inverno muito chuvoso e um verão muito quente e seco, o que proporcionou boas condições para o desenvolvimento das videiras. Segundo Hugo Chaves, a vindima correu em circunstâncias climáticas favoráveis o que possibilitou a colheita das uvas no ponto ideal de maturação. Eduardo Figueiral enquadrou ainda a estratégia comercial da empresa, que já tem presença em 12 países, apostando em força na área da restauração e hotelaria.

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Foram provados 7 vinhos. Os monocastas Jaen (18€), Touriga Nacional (20€), Tinta Roriz (18€) e Alfrocheiro (18€), intensos de aroma, frutados, balsâmicos, redondos e de taninos macios. Destaco o Tinta Roriz, que apesar dos taninos ainda um pouco afoitos, surge com um fundo mineral que, para o meu gosto, se destacou dos demais. Os três vinhos de lote que se seguiram, o Dona Louise 2010 (TN, Roriz e Jaen, 12€), o Dona Santana 2010 (TN 60%, Roriz, Jaen e Alfrocheiro, 13,50€) e o Dona Georgina 2010 (TN e Roriz, 34€), mostraram-se frutados, concentrados, robustos de corpo, doces e redondos, com boa persistência no final de boca. O destaque vai obviamente para a complexidade do topo de gama Dona Georgina, que apesar de chegar ao mercado ao fim de cinco anos mostra-se ainda jovem e com longo futuro.

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A apresentação teve ainda a presença do lado gastronómico do projecto Quinta de Lemos, com a presença do Chef do restaurante Mesa de Lemos (recentemente premiado como Restaurante Revelação 2015 no Guia Boa Cama Boa Mesa do Expresso), Diogo Rocha, que preparou as iguarias que harmonizaram com os vinhos. A saber: Pasteis de Bacalhau para o Alfrocheiro, Taco de Atum para o Jaen, Robalo no Forno para o Touriga Nacional, Cabrito Estufado para o Dona Louise e Bombom de Frutos Vermelhos para o Dona Georgina.

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