As indicações eram as melhores. Tudo fazia prever que, com o tempo, este viesse a ser um vinho ainda maior. Não se pode dizer, portanto, que seja surpreendente. Mas não deixa de ser gratificante constatar que mereceu a pena o tempo de guarda, que recompensou refrear aqueles impetos para abrir a garrafa de cada vez que nos cruzavamos com ela e que é sempre uma alegria esperar por um vinho e sermos premiados com algo assim.
Este Primus 2013 atravessa um momento fantástico, pelo que a par de uma grande refeição, brilhou ao mais alto nivel. E no dia seguinte estava ainda melhor, o que deixa antever mais momentos de deleite durante os próximos anos.
Requintado, cheio, muito afinado. Os aromas primários já foram. Sobram ainda alguns citrinos e ligeira especiaria, mas agora integrados num conjunto adulto, com muita personalidade, onde a barrica dá volume mas surge perfeitamente ajustada. A boca está um portento, de expressão das vinhas velhas da Pellada e da complexidade que estas conferem, fresca, mineral, cheia mas equilibrada, saborosa e muito persistente. Um grande branco do Dão. Um grande branco de Portugal.
Primus 2013
Produzido pela Quinta da Pellada
Vinhas velhas com várias castas misturadas, com predominância de Encruzado e Bical.
13º de volume de alcool
Cerca de 30€ em garrafeiras
18 pontos