Os Novos Quinta das Tecedeiras

Conforme tinha sido anunciado no Café Lisboa, umas semanas antes, aquando da apresentação das novas colheitas da Quinta de Covela, estavam para breve as novidades da Quinta das Tecedeiras, um outro vértice do triângulo da Lima Smith em Portugal.

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Tony Smith, administrador da Lima Smith, a nova proprietária da marca Tecedeiras e o enólogo Carlos Lucas.

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Ostra, Carabineiro e Ouriço-do-mar em espuma de Ostra e Clorofila de Coentros e Rúcula. A excelente entrada retirada por Ljubomir Stanisic do menu degustação do 100 Maneiras para iniciar o almoço de harmonização com os vinhos da Quinta das Tecedeiras. O Brejo Largo, assim chama Stanisic a esta preparação, em homenagem, penso eu, ao paraíso em forma de praia que existe na aldeia de Longueira, em Odemira. E bastava fechar os olhos para que os aromas daquele prato nos transportassem para aquelas paragens, quase se ouviam as ondas.
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Santa Sardinha. Sardinha com queijo fumado, areia de broa, chalota em balsâmico e coentros fritos. Outro prato retirado do menu degustação do 100 Maneiras, que ilustrou com oportunidade a época festiva que a cidade de Lisboa se preparava (na altura) para viver. Um prato guloso, que apeteceu repetir e que fez uma excelente ligação com o vinho, no caso, o Flor das Tecedeiras.
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Caviar de pêra bêbeda com sorbet de funcho. A pêra foi embebedada pelo LBV Tecedeiras 2008.
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Lombo de Borrego com pistáchio, gnocchi de tomilho, puré de alho e legumes confitados. Um prato de sabores mais tradicionais que harmonizou com o Tecedeiras Reserva 2003…
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…um vinho que se mostrou num grande momento de forma. Este foi um vinho que Tony Smith já conhecia e que contribuiu para o seu interesse nas Tecedeiras. Apesar de 2003 ter sido um ano muito quente, o vinho evoluiu muito bem, está ainda com uma cor viva, de aroma floral, vegetal seco, muito fresco e macio, envolvente, longo. Belo tinto do Douro.
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Leite Creme com Nougatine de Frutos Secos.
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A refeição terminou com uma tábua de queijos a acompanhar um dos melhores vinhos da tarde. O LBV de 2008 (sem foto) mostrou-se numa fase de grande saúde, intenso e concentrado, com uma nota química a dar complexidade ao conjunto, num casamento de grande felicidade com os queijos.

Conforme tinha sido anunciado no Café Lisboa, umas semanas antes, aquando da apresentação das novas colheitas da Quinta de Covela, estavam para breve as novidades da Quinta das Tecedeiras, um outro vértice do triângulo da Lima Smith em Portugal.

A Quinta das Tecedeiras está localizada na sub-região do Cima Corgo, na margem esquerda do rio Douro, próximo de Ervedosa do Douro, os vinhos aqui produzidos, apenas tintos, eram velhos preferidos da dupla Lima e  Smith e uma das razões pela qual decidiram apostar nesta marca, que acabaram por adquirir à Dão Sul.

A revitalização da marca, à semelhança da Quinta de Covela, passou  por recuperar a equipa de enologia que tinha dado forma ao projecto desde o seu início. O enólogo Carlos Lucas e a sua equipa voltaram a estar responsáveis por “um projecto muito querido”, alguém, portanto, que conhece bem os cantos à casa. Mas o momento serviu também para apresentar a nova imagem dos rótulos das Tecedeiras, mais limpos e actuais, a marcarem, também eles, esta nova etapa.

Etapa essa, que para já, nos traz dois novos vinhos, o Flor das Tecedeiras 2013 e um Porto Tawny de edição especial. O reserva tinto, uma das grandes bandeiras da marca, onde se expressam na plenitude as vinhas velhas da propriedade, encontra-se ainda em estágio e chegará ao mercado, tudo indica, apenas em 2015. No entanto, para os próximos tempos estão previstos mais lançamentos. Primeiro, já nas próximas semanas, os novos azeites da quinta e, mais tarde, o novo Porto LBV.

Após a prova dos dois novos vinhos, teve lugar um almoço preparado por Ljubomir Stanisic e a sua equipa, que harmonizaram com novos e antigos vinhos da propriedade. Um almoço de bom nível, onde as harmonizações funcionaram muito bem, num menu que assentou em produtos e sabores bem portugueses (aquela entrada de mar estava divinal). A utilização das ervas aromáticas – e como as temos boas – continua a ser uma constante da cozinha de Stanisic, reforçando essa paixão declarada, bem patente na (excelente) série Papa Quilómetros, onde foi protagonista.

Saúda-se, para finalizar, a nova etapa da Quinta das Tecedeiras, com novos proprietários e novas ideias, mas com os velhos vinhos de sempre. E este é um objectivo assumido, oferecer aos fidelizados clientes da marca, a qualidade e consistência que a mesma granjeou. Para já, os primeiros vinhos mostram que tudo corre nesse sentido.

Flor das Tecedeiras 2013
Jovem, frutado, com boa limpeza de aromas, a mostrar um bom equilíbrio, entre os taninos redondos e a frescura da fruta. Um vinho que chegará ao mercado na casa dos 10€ e que mostrou boa apetência gastronómica, comprovada in loco, no namoro com a sardinha (16+).

Quinta das Tecedeiras Porto Special Reserve
Uma edição especial de 500 garrafas proveniente de lotes que estavam reservados para Porto Vintage e que após terem sido sujeitos a um envelhecimento em madeira durante 12 anos (método solera) deram lugar a este vinho que chegará ao mercado por alturas do Natal, ainda sem preço conhecido. Um Porto que mostra boa complexidade aromática e de sabor, frutos secos, irish cream, leite condensado, untuoso, redondo, equilibrado, boa persistência final (16,5+).

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