Dois vinhos que me deram imenso prazer este Verão. Dois Albarinos extarordinários do Salnés, cada qual no seu segmento. Na casa dos 10€ o Nanclares, produzido em Cambados por Alberto Nanclares através do seu projecto Nanclares Y Prieto Viticultores, com vinha velhas de Albarino com mais de cem anos e que do qual podem saber mais aqui. O Leirana já na casa dos 20€, também vem de Cambados e é produzido por Rodrigo Méndez com a colaboração de Raúl Pérez, através do seu projecto de garagem apenas iniciado em 2005, Forjas del Salnés. Dois vinhos de dois apaixonantes projectos que assumem a intenção de recuperar e preservar antigas castas e métodos usados na região.
Com estilos bem díspares dos que encontramos nos alvarinhos portugueses, menos exuberantes na fruta e mais estruturados, com ligeiros estágios em barrica, ambos mostram com precisão a capacidade da Albarino no Salnés. Mais atraente o Nanclares, apesar do seu estilo encantador, cheio de frescura, a gritar por petiscos de mar e o Leirana Genoveva, com o seu perfil mais sério, tremendamente fresco e de grande proporção, com a complexidade que só vinhas com mais de 150 anos conseguem proporcionar, que faz dele um grande branco em qualquer parte do mundo. Estes são apenas dois dos muito exemplos da pujante cena actual das Rías Baixas, uma região que por estes dias anda definitivamente nas graças dos consumidores mundiais.