Sou um fidelizado consumidor destes vinhos. Sempre que me cruzo com eles dificilmente resisto a comprar alguns, seja para beber na altura ou para guardar a ver como evoluem. Ainda me recordo, há uns tempos, num jantar entre amigos no grande Mi Dai, ter aparecido um 2007 numa forma que encantou toda a gente.
Voltei agora a este 2015 e posso dizer que está para as curvas. Está todo ele mais equilibrado, agora já sem as notas verdes que lhe denunciava a juventude nas primeiras provas. Continua com uma acidez pujante, ligeiramente mais untuoso, mas sempre pelo lado da elegância. É um branco de baixo teor alcoólico, com uma ligeira nota oxidativa que lhe dá muito carácter, podia ter mais comprimento de boca, é certo, mas pelos cerca de 7€ que me custou (em promoção) é de beber e chorar por mais.
É curioso o produtor fazer questão de mencionar no rótulo que o vinho é fermentado em barrica, pois esta está tão bem integrada que talvez em alguns casos nem fôssemos dar por ela.