Foi pela imensa paixão pela região e pelos seus vinhos que o Miguel Pereira e o Rui Miguel arregaçaram as mangas e com a ajuda da Casa da Passarela puseram de pé esta ideia de levantar bem alto a bandeira do Dão.
De produtores a enólogos, de bloggers a enófilos, de entusiastas a consumidores, perante tão nobre e aliciante chamamento, foram largas as dezenas que disseram presente e chegaram de todo o país para celebrar a região.
Momento alto da festa, que não poderia deixar de mencionar, foi a prova comentada do Centro de Estudos Vitivinícolas do Dão (CEV). Qualquer adjectivo, por muito rebuscado e meritório que fosse, nunca conseguiria fazer jus aos vinhos que estiveram em prova. Não são vinhos para ser vendidos, são vinhos feitos apenas para servirem de testemunho durante muitas décadas do que são capazes as vinhas e os técnicos do Dão. Provar estes vinhos torna-se uma experiência inesquecível para qualquer winelover.
Resta saudar a forma como se promoveu o Dão. Então se a iniciativa parte de pessoas que não têm qualquer responsabilidade oficial em fazê-lo, impelidas apenas pelo desejo e a carolice de mostrar ainda mais as enormes (e para muitos esquecidas) capacidades de uma região pela qual se apaixonaram, isso eleva a iniciativa para um patamar muito mais louvável.
Muitos parabéns aos responsáveis. Que haja próximo e que seja ainda melhor é o que desejo.