O vinho e a gastronomia levam-nos muitas vezes ao Alentejo. É natural que nessas demandas pecadoras seja necessário repousar o corpo, num local tranquilo, barato, se bonito e charmoso, tanto melhor. Às vezes encontrar uma unidade hoteleira que reúna todos estes desígnios não é fácil, daí ser importante espalhar a mensagem quando se encontra uma.
Estamos no centro histórico de Vila Viçosa, quando passamos pela estreita Rua Florbela Espanca a caminho do Paço Ducal avistamos do nosso lado esquerdo o Solar dos Mascarenhas. A fachada imaculadamente branca não deixa perceber a grande obra de reabilitação que aconteceu no seu interior e só quando passamos a porta que nos leva ao lobby do hotel temos uma real ideia de onde nos estamos a meter.
Imagine-se um Solar do século XVI totalmente reabilitado, transformado em hotel de charme, onde o design contemporâneo se funde com a história do edifício, com um encantador pátio no interior com uma piscina e laranjeiras espalhadas a contrastar de cor o branco dominante. A decoração é bonita e cuidada.
Os quartos estão localizados no novo edifício. São de cores neutras, amplos q.b., irrepreensivelmente limpos, silenciosos, com televisores de ecrã plano com boa oferta de canais (sport tv incluída) e wi-fi livre. As comodidades públicas incluem o restaurante, Do Paço, que estava fechado aquando desta visita (em boa hora). O bar, que também serve de sala de televisão, onde existem uns confortáveis sofás que convidam a ficar por ali à conversa ou só a ler um livro. E a piscina, inserida no pátio interior no centro da casa, lugar onde certamente se centrarão as actividades no tempo quente. Obrigatória é a visita à velha e bonita nora, bem no cantinho do pátio.
A visita termina com o excelente pequeno almoço, com variada oferta de produtos regionais, tudo muito fresco, qualidade que infelizmente vai sendo rara em unidades desta categoria. Pois é de um três estrelas que se trata. De barriga confortada e com o espírito cheio deixamos o Solar dos Mascarenhas para um passeio matinal pela romântica Vila Viçosa.
Todo este “luxo”, custa-nos (reservado no site booking.com) pouco mais que 50€ por quarto duplo, o que pelo serviço a que temos direito, é justíssimo.
Prezado Senhor Jorge. Foi por um acaso que eu cheguei até a vossa página -na procura dalguma referência sobre o rte. “A Cabana” de Arronches-, e fiquei enormemente complacido e mesmo admirado pelo trabalho desenvolvido. Os locais da sua eleiçao -e conheço bem algum dos alfacinhas e, nomeadamente, a maioria dos alentejanos: temos aí os mesmos gostos coincidentes como é o caso deste estupendo “Solar dos Mascarenhas”, onde tenho passado vários fins-de-semana-, as fotografias, os comentários … bem escritos!, a preocupaçao por encontrar hotéis, rtes., lojas … de boa qualidade e serviço mas também de preços razoáveis, e mesmo o pŕoprio “desiogn” da página. Vou convertir-me num fá do vosso “site”, sem dúvida! Aproveito a oportunidade para recomendar-lhe dois dos meus restaurantes eborenses favoritos para aquando da sua próxima visita nesta terra tao cara para mim (eu sou español e emeritense, mas é sabido que os naturais de Augusta Emerita e os de Liberalitas Ivlia Evora somos irmaos, ou pelo menos primos!). O primeiro, do meu amigo Carlos, e muito conhecido e reconhecido, a “Adega do Alentejano”. Fica perto do Teatro “Garcia de Resende”. O segundo, do meu amigo Ricardo, é “O Frangao”, no coraçao do Bairro da Malagueira.
Mais nada. Desculpe pelo extenso. Parabéns, mais uma vez, e até a próxima!
Félix-J. Castaño Fernández.
Mérida.
Caro Félix Fernández,
Muito obrigado pelas suas simpáticas palavras. É um prazer saber que desse lado existem pessoas que gostam do nosso trabalho e que partilham esta paixão pelo lado bom da vida. E quando regressar a Évora vou fazer questão de conhecer as suas sugestões.
Cumprimentos,
Jorge