Soalheiro Reserva 2012

Chega um raiozinho de sol e é isto, o pensamento foge logo para os grandes hits do tempo quente. Se bem que este Reserva da Quinta de Soalheiro não é aquele vinho que nos remete de imediato para as tardes à piscina, é (muito) mais que isso.

Soalheiro Reserva 2012

Chega um raiozinho de sol e é isto, o pensamento foge logo para os grandes hits do tempo quente. Se bem que este Reserva da Quinta de Soalheiro não é aquele vinho que nos remete de imediato para as tardes à piscina, é (muito) mais que isso.

Mas não é errado conotar o sol aos vinhos Soalheiro, até porque o próprio nome assim o sugere. Rodeada de serras que origina um microclima propenso à cultura da uva Alvarinho, a Quinta de Soalheiro, em Melgaço, é privilegiada por uma exposição solar que tornam o local soalheiro, o nome da parcela que deu origem ao nome da marca. Actualmente conduzida por Luís Cerdeira, a propriedade, com os seus métodos de agricultura biológica, dá lugar a alguns dos mais conceituados brancos portugueses.

2012 foi considerada uma grande colheita para os Alvarinhos de Melgaço. O Inverno pouco chuvoso e os meses de verão com temperaturas amenas e noites frescas deram origem a vinhos muito equilibrados, como é testemunha este Soalheiro Reserva, o topo de gama da casa. A grande diferença deste vinho para o restante portefólio do produtor é que a fermentação e o estágio são feitos em barricas de carvalho, novas e usadas, que durante, sensivelmente um ano, estiveram sujeitas ao processo de batonnage, que lhe conferiu uma maior complexidade.

Os Soalheiro Reserva são vinhos que o tempo de garrafa lhes faz bem e a verdade é que este 2012 está na sua melhor fase até ao momento. Com a barrica melhor integrada e a frescura da casta em bom diálogo com o fundo mineral característico deste produtor, mostra-se um branco estruturado e complexo, longo e persistente, com uma acidez fina mas afirmativa, a servir de fio condutor a todo o vinho. Percebe-se que ainda é um jovem, mas já dá imenso prazer. Não hesitei em sugeri-lo como um dos vinhos obrigatórios do ultimo Adegga Winemarket e, mais recentemente, obteve um dos Prémios de Excelência da Revista de Vinhos para o ano de 2014.

Gosto de bebê-lo como aperitivo, sem acompanhamento, a abrir as hostilidades à volta de uma mesa de amigos, mas pode perfeitamente ser escolhido para acompanhar um prato típico da região, como por exemplo um Bacalhau à Minhota (17,5 / 24€).

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